A Idade do Gelo

A Idade do Gelo é um período geológico de longa duração caracterizado pela diminuição da temperatura na superfície e atmosfera terrestres, resultando na expansão dos mantos de gelo continentais e polares bem como dos glaciares alpinos.

A Idade do Gelo mais recente terminou há cerca de 11.700 anos. Durante esse período, a temperatura média global diminuiu em cerca de 5 a 10 graus Celsius.

A Idade do Gelo teve um impacto profundo na vida na Terra. Os mantos de gelo se expandiram, cobrindo grandes áreas do planeta, incluindo principalmente a maior parte da América do Norte e da Eurásia. Isso levou ao desaparecimento de muitas espécies de plantas e animais, pois elas não conseguiram sobreviver no clima muito frio que foi alcançado.

No entanto, a Idade do Gelo também criou novos habitats para outras espécies, como mamutes, tigres-dentes-de-sabre e preguiças-gigantes. Essas espécies se adaptaram ao clima frio e prosperaram durante a última Idade do Gelo.

A Idade do Gelo terminou há cerca de 11.700 anos, quando as temperaturas globais começaram a subir novamente. Isso levou ao recuo dos mantos de gelo e ao retorno de muitas espécies de plantas e animais que haviam praticamente desaparecido durante a Idade do Gelo.

A causa da Idade do Gelo é complexa e ainda está sendo estudada por cientistas. No entanto, acredita-se que seja causada por uma combinação de fatores, incluindo mudanças na órbita da Terra, mudanças na atividade solar e variações na composição da atmosfera.

A Idade do Gelo é um evento importante na história da Terra e continua a ser estudada por cientistas. É um lembrete de que o clima da Terra é dinâmico e pode mudar drasticamente ao longo do tempo – obviamente contado em dezenas de milhares de anos.

Quantas Idades do Gelo ocorreram na terra?

As Idades do Gelo são períodos de resfriamento global que ocorrem de forma cíclica desde o início da história do nosso planeta. No geral, acredita-se que a Terra tenha passado por cerca de 25 Idades do Gelo nos últimos 2,7 milhões de anos.

Como vimos anteriormente, as Idades do Gelo são causadas por uma combinação de fatores, incluindo mudanças na órbita da Terra, mudanças na atividade solar e variações na composição da atmosfera. Quando esses fatores se combinam para causar um resfriamento global, a quantidade de gelo nas calotas polares e nos glaciares aumenta. Isso pode levar ao aumento do nível do mar, à mudança dos padrões de precipitação e à extinção de espécies.

As Idades do Gelo são divididas em períodos interglaciais, quando as temperaturas globais são mais altas, e períodos glaciais, quando as temperaturas globais são mais baixas. Os períodos interglaciais são geralmente mais curtos do que os períodos glaciais, com duração média de cerca de 10.000 anos. Os períodos glaciais, por outro lado, podem durar até centenas de milhares de anos.

Portanto em breve estaremos nos dirigindo para a próxima glaciação.

A Idade do Gelo mais recente foi marcada por uma série de períodos glaciais e interglaciais, com os períodos glaciais mais recentes sendo a Glaciação Donau, a Glaciação Günz, a Glaciação Mindel, a Glaciação Riss e a Glaciação Würm.

A nossa espécie participou da última Idade do Gêlo, pois ela tem uma existência estimada em cerca de 200 mil anos. O Homo sapiens surgiu na África, e foi a primeira espécie humana a se espalhar por todo o mundo. Os Homo sapiens eram mais inteligentes, e tecnologicamente avançados, que seus ancestrais, e foram capazes de desenvolver sociedades complexas.

Entretanto não temos muitas informações de como vivemos essa transformação, pois não tínhamos nos desenvolvido até o estágio atual.

Quando vai ocorrer a próxima Idade do Gelo?

A resposta a essa pergunta não é definitiva, pois depende de uma série de fatores, incluindo as mudanças na órbita da Terra, na atividade solar e na composição da atmosfera.

De acordo com estudos paleoclimáticos, a Terra passa por períodos de glaciação com uma frequência média de 25.000 a 30.000 anos. No entanto, como a última glaciação terminou há cerca de 11.700 anos, o que significa que estamos atualmente em um período interglacial.

Com base nessa frequência, a próxima glaciação poderia ocorrer entre 37.000 e 46.000 anos a partir de agora. No entanto, alguns cientistas acreditam que a próxima glaciação pode ser adiada devido às mudanças climáticas causadas pelas atividades humanas.

As atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, estão liberando grandes quantidades de gases de efeito estufa na atmosfera. Esses gases contribuem para o aquecimento global, o que pode retardar o início da próxima glaciação.

Mas o Homem tem o poder de impedir a próxima Idade do Gelo?

Nós temos o poder de sujar a Terra, e as Águas – do mar e dos rios. Os efeitos da queima de combustíveis fósseis, com certeza podem deixar nossas cidades com uma péssima qualidade do ar, o que no final causaria o crescimento desordenado de doenças, incluindo principalmente as respiratórias.

Mas nosso poder para deter a Idade do Gelo parece muito além de nossa capacidade de auto-destruição. Senão vejamos numa comparação bem mensarável, comparando as energias desenvolvidas pela explosão do maior artefato nuclear de nossa história (a bomba jogada sobre Hiroshima) com as energias desenvolvidas por algumas das maiores erupções vulcânicas conhecidas.

Primeiro a energia liberada pela “nossa” bomba atômica. A bomba atômica de Hiroshima, conhecida como “Little Boy”, foi lançada pelos Estados Unidos em 6 de agosto de 1945. A bomba era composta por 64 kg de urânio enriquecido e liberou uma energia equivalente a 16 quilotons (16 mil toneladas) de TNT. Isso é equivalente à explosão de cerca de 16 mil toneladas de dinamite.

A explosão causou uma onda de calor de mais de 4.000 graus Celsius em um raio de cerca de 4,5 km. A onda de calor causou incêndios generalizados e queimou até mesmo tijolos e concreto. A explosão também causou um pulso de pressão que destruiu edifícios e matou pessoas.

A bomba de Hiroshima matou cerca de 140 mil pessoas imediatamente e outras 60 mil morreram nos meses seguintes devido a ferimentos, doenças e à radiação liberada. A bomba também causou danos generalizados à cidade, destruindo cerca de 70% dos seus edifícios.

A bomba atômica de Hiroshima foi o primeiro uso de uma arma nuclear em uma guerra. A bomba de Nagasaki, lançada pelos Estados Unidos três dias depois, também matou milhares de pessoas e causou danos generalizados. O uso de armas nucleares na Segunda Guerra Mundial foi um evento devastador que teve um impacto profundo na história de nosso mundo.

Agora vamos comparar com as mais conhecidas e poderosas erupções vulcânicas naturais.

A energia envolvida em uma erupção vulcânica pode variar significativamente, dependendo do tamanho e da intensidade da erupção. As erupções menores podem liberar energia equivalente a uma bomba nuclear, enquanto as erupções maiores podem liberar energia equivalente a milhões de bombas nucleares.

A erupção do vulcão Fagradalsfjall, na Islândia, em 11 de novembro de 2023, foi estimada em liberar energia equivalente a cerca de 10 megatons de TNT. Isso é equivalente à explosão de cerca de 1.000 bombas nucleares de Hiroshima. A erupção expeliu cerca de 1,4 quilômetros cúbicos de lava e cinzas, e formou uma nova cratera de cerca de 200 metros de largura.

A erupção do vulcão Etna, na Sicília, Itália, em 11 de novembro de 2023, foi estimada em liberar energia equivalente a cerca de 1 megaton de TNT. Isso é equivalente à explosão de cerca de 100 bombas nucleares de Hiroshima. A erupção expeliu cerca de 0,3 quilômetros cúbicos de lava e cinzas, e formou uma nova cratera de cerca de 100 metros de largura.

As outras erupções vulcânicas significativas que ocorreram nos últimos anos também liberaram grandes quantidades de energia. A erupção do vulcão Anak Krakatau, na Indonésia, em 2022, foi estimada em liberar energia equivalente a cerca de 20 megatons de TNT. A erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, em Tonga, em 2021, foi estimada em liberar energia equivalente a cerca de 100 megatons de TNT.

A erupção do vulcão Taal, nas Filipinas, em 2020, foi estimada em liberar energia equivalente a cerca de 1 megaton de TNT. A erupção do vulcão Merapi, na Indonésia, em 2019, foi estimada em liberar energia equivalente a cerca de 5 megatons de TNT. A erupção do vulcão Kilauea, no Havaí, Estados Unidos, em 2018, foi estimada em liberar energia equivalente a cerca de 1 megaton de TNT.

Essas estimativas de energia são baseadas em medições de vários fatores, incluindo a altura da pluma de cinzas, a quantidade de lava expelida e a intensidade da atividade sísmica.

Conclusão

Baseado nas informações acima podemos afirmar que o Homem poderá tornar a Terra quase imprópria para a vida humana, causando inúmeros problemas climáticos, com impacto na saúde de nossos descendentes. Ao longo dessa ação poderá causar a extinção de várias outras espécies, principalmente as que coabitam conosco. E poderá levar a uma grande diminuição da estimativa de vida média – que cresceu para quase o dobro do que era, comparando-se à que tínhamos na Idade Média.

Entretanto não temos a energia suficiente para deter a próxima Idade do Gelo, no máximo atrasá-la por alguns séculos, ou até mesmo dezenas de séculos. Não somos tão fortes assim, como alguns querem nos levar a acreditar.

Assim sendo pode ter certeza que nossos tara-tara-tara-tara-tara-tara…tara-netos vão entrar em nova glaciação, da qual esperamos sobreviver, embora ela durará vários milhares de anos – essa é uma escala que está fora da compreensão normal. Nada será para nossos filhos, nem para os filhos e netos deles, mas temos sim que cuidar da sujeira que largamos por aí, dos gases que liberamos sem maior controle, pois isso sim, com certeza poderá acabar com a maioria dos residentes das grandes cidades que construímos ou construiremos no futuro.


Observação: na imagem de abertura deste artigo a parte branca mostra até onde se estendeu a camada polar. As áreas em vermelho mostra áreas que estavam acima do nível do mar, e hoje estão submersas.

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