Há dois tipos de investimento que podem ser feitos: Renda Fixa e Renda Variável
O ciclo da construção de um patrimônio até que é simples. Você tem três etapas, que devem ser repetidas o tempo todo, se você quiser garantir5 uma economia saudável:
Ganhar – Poupar – Investir
Se você ainda não consegue poupar parte de seus ganhos, então precisa repensar sua vida econômica primeiro. Aumentar seus ganhos (não a coisa mais fácil do mundo) e depois cortar alguns gastos menos prioritários, e poupar dinheiro cortando alguns itens menos importantes.
Você pode tentar escalar seus ganhos, seja fazendo horas extras, fazendo algumas tarefas nas suas possíveis horas livres, buscando promoções, ou colocando sua família para fazer atividades que rendam dinheiro.
Muitas vezes queremos ficar ricos investindo da noite para o dia, mas o que realmente vai acelerar o seu crescimento não é 1% a mais de rentabilidade, e sim os 25% a mais que você pode ganhar ou 25% a mais que consegue poupar a cada mês.
A segunda etapa do ciclo é vital para ter uma vida saudável: não adianta nada ganhar R$ 10.000 todo mês se você for gastar R$ 11.000. Nesse caso, uma pessoa que ganha R$ 2.000 e poupa R$ 500 mensalmente pode acabar mais rica que você.
Depois de garantir essas duas etapas e conseguir fazer sobrar algum dinheiro por mês, você deve aprende como e onde investir o seu dinheiro. A primeira lição que você deve compreender são os tipos de investimento existentes. E são dois.
Renda Fixa
A primeira opção de como aplicar dinheiro para render mais é a mais conservadora delas.
A renda fixa pode ser usada para criar um colchão de liquidez (uma reserva para emergências equivalente a pelo menos 6 meses de gastos da sua família). Um dos melhores investimentos para isso é o Tesouro Selic (um dos títulos do Tesouro Direto, que é mais rentável e ágil do que a poupança, mas tão seguro quanto).
A principal característica da renda fixa é o fato do seu rendimento ser bastante previsível. No momento da compra do ativo, normalmente você já sabe como vai ser o comportamento do rendimento. Ele provavelmente não vai oscilar de uma forma inesperada.
Assim, os ativos de renda fixa normalmente são atrelados a quatro indicadores:
- CDI (Certificado de Depósito Interbancário – equivalente à Selic)
- Taxa Selic (taxa básica de juros)
- IPCA (taxa da inflação, normalmente utilizada em ativos de longo prazo)
- Taxa prefixada (uma taxa de juros que é fixada no momento da compra e não muda)
A renda fixa é baseada em títulos de dívida. Um emissor cria títulos para captar dinheiro e devolvê-lo com uma certa rentabilidade depois de um período de tempo determinado. Funciona exatamente como quando você pega um empréstimo do banco. A diferença é que essa dessa vez quem pega emprestado são os próprios bancos, financeiras, Tesouro Nacional e empresas.
» Confira os principais investimentos da Renda Fixa:
Investimento | Emissor |
CDB | Bancos |
LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliária ou do Agronegócio) | Bancos |
LC (Letra de Câmbio) | Financeiras |
Debêntures | Empresas |
Tesouro Direto | Tesouro Nacional |
CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) | Instituições securitizadoras |
CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) | Instituições securitizadoras |
Como em todo tipo de negócio, até mesmo fora do mercado financeiro, quanto mais risco um investimento tiver, mais lucro ele pode trazer (assim como mais prejuízo podem acontecer).
E quanto mais seguro e garantido for o retorno, menor será a sua lucratividade. Mesmo assim, é mais recomendado que você comece os seus investimentos pela renda fixa e, principalmente, nas aplicações com riscos baixos ou, no máximo, médios.
Depois de construir uma boa reserva financeira em renda fixa, você pode arriscar um pouco mais no segundo tipo de investimento.
Renda Variável
A renda variável tem como principal característica possuir um rendimento que pode oscilar bastante. Podendo ser negativo em um mês e positivo em outro. Nos investimentos, quando uma ativo está sujeito a oscilações, falamos que ele possui maior risco.
O risco consiste no dinheiro, ao invés de valorizar, perder valor. Ou então de não ter uma performance segundo o indicador de referência. Essa característica é com que faz a maioria dos pequenos investidores ficar nervoso com as oscilações para baixo, e se precipitando e resgatando o investimento feito, o que significa uma perda de capital.
Aqui a ideia a ser entendida e executada, é de não se precipitar e sair nas baixas. Em muitos casos o mais correto é fazer o contrário: comprar mais desse papel. Mas você deve se precaver, conhecendo mais profundamente o que está acontecendo com seu investimento.
Então, independente do seu gosto ao risco, apenas invista em renda variável se você tiver certeza que não vai precisar do seu dinheiro nos próximos dois anos (pelo menos).
Você pode investir em diversos tipos de mercados e ativos em renda variável:
- Fundos multimercado (mescla ativos de renda fixa e variável)
- Fundos de ações (foca em ativos da BM&FBOVESPA)
- Ações
- ETFs (índices como o Ibovespa)
- COE
- Opções
- Contratos futuros
- Mini contratos
Os fundos de investimento são ótimas opções para você que não tem tempo para gerir o seu investimento em renda variável todos os dias.
Eles funcionam como um condomínio: você paga uma taxa e uma empresa profissional cuida da gestão de ativos de acordo com um prospecto e resumo sobre a estratégia da gestora do fundo.
Também é possível investir em ações seguindo as recomendações dos melhores analistas de sua corretora ou naco. Para isso, basta se tornar um cliente para checar as carteiras recomendadas.