A grande maioria dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares podem ser evitados, como o acompanhamento médico. E manter hábitos saudáveis também são fundamentais
Só em 2022, mais de 380 mil brasileiros perderam a vida por conta de doenças cardiovasculares. Trata-se da principal causa de mortes no mundo e, atualmente, uma em cada dez pessoas tem, pelo menos, um problema no coração, como aponta a pesquisa ‘O Valor da Saúde’, encomendada pela Abbott, em 2021.
Dos mais de 2 mil homens e mulheres ouvidos, para essa pesquisa, nas cinco regiões brasileiras, 208 disseram já ter sofrido infarto, acidente vascular cerebral (AVC), arritmia ou mesmo insuficiência cardíaca.
Muitas das fatalidades ocorridas poderiam ter sido evitadas – ou ao menos postergadas – com medidas simples de prevenção.
Os fatores de risco das doenças cardiovasculares são a hipertensão arterial (que acomete de 20% a 40% da população brasileira), o colesterol alto (20%), a diabetes (10%), o tabagismo (12%), a hereditariedade, a obesidade (20%), o estresse e o sedentarismo.
Como saber se o coração está bem? Muitos desses fatores de risco sequer apresentam sintomas, mas precisam ser diagnosticados e tratados o mais rápido possível. Para isso, os check-ups são recomendados.
A pressão arterial precisa ser medida pelo menos uma vez por ano, bem como as dosagens de colesterol e glicose. “Para os homens, esse acompanhamento deve começar aos 30 anos e, para as mulheres, aos 35. Mas, se o paciente tiver histórico de infarto ou AVC na família, essa avaliação deve começar ainda mais cedo, perto dos 20 anos de idade”.
Outros exames, como eletrocardiograma, ecocardiograma, teste de estresse e o teste ergométrico, podem ser pedidos pelo médico também, quando houver necessidade. Mas uma boa avaliação clínica é a parte mais importante do diagnóstico.
O que fazer para melhorar a saúde do coração
Além do acompanhamento médico, os pacientes podem se valer de hábitos que são capazes de prevenir muitos dos fatores de risco e, consequentemente, os problemas do coração. Não há segredo, são os velhos conhecidos e muito divulgados hábitos, como manter uma vida ativa e ter uma alimentação saudável, que fazem a diferença.
O ideal é fazer pelo menos de 20 a 30 minutos de exercícios cinco vezes na semana, totalizando pelo menos 100 minutos, e fazer escolhas saudáveis na hora de comer. Segundo os especialistas, aquele que seria o prato típico brasileiro: arroz, feijão, salada e proteína já estaria perfeito. Mas a população está consumindo cada vez mais alimentos ultraprocessados, o que pode ser considerado um problema.
A alimentação é a base da nossa saúde e, quando equilibrada, evita distúrbios metabólicos. O recomendado é optar por alimentos sazonais, como frutas, legumes, verduras, e evitar excessos de gordura e açúcares.
Distúrbios do sono, como a apneia, também devem ser investigados pelos médicos, porque também podem ser um fator de risco.
Todas essas comorbidades podem ser evitadas. Por isso, converse com o seu médico. O profissional da saúde não é mais aquele agente que proíbe tudo, ele conversa e avalia junto ao paciente, para que possam encontrar os melhores caminhos para tratamentos, qualidade e expectativa de vida. A medicina mais efetiva hoje é, certamente, a preventiva.